De todas as tradições de ensino de música no Brasil a mais duradora e presente é a prática de ensino coral. O projeto canto orfeônico do compositor Heitor Villa-Lobos nos anos do governo de Getulio Vargas previa, entre inúmeras outras coisas, que o canto coral, por ser a mais democrática e menos onerosa prática musical – não é preciso comprar um instrumento, basta ter a voz – deveria ser obrigatória em todas as escolas e para todas as faixas etárias no Brasil.
Apesar do projeto ter acabado há muitos anos, a prática coral é uma constante ainda hoje, sendo Ribeirão Preto um polo bastante desenvolvido na prática coral, possuindo não só coros profissionais como inúmeros amadores para todas as idades. É amplamente sabido que muitos leigos só travaram ou travam conhecimento com a música de concerto graças aos coros de diversas naturezas existentes. São inúmeros coros amadores, escolares, profissionais ou institucionais na cidade.
Inserido neste espírito, o Coro Acadêmico Alma é o único corpo estável aberto para todos os alunos matriculados em todos os instrumentos na academia, embora não seja obrigatório para estes. Também uma parte dos alunos do coro é composta por aqueles que, mesmo não tendo passado nos testes para instrumento da Alma demonstraram aptidão para o canto, e foram convidados pelas bancas avaliadoras para fazer parte do coro como forma de aperfeiçoar as suas habilidades e, quem sabe, tentar posteriormente uma vaga nos instrumentos. Outra parte (a maior) são de alunos que ingressam no coro a partir de testes específicos de aptidão, cuja exigência posterior é a de frequentar também as aulas de teoria da academia
Esse critério coaduna com um modelo de excelência que prima pelo caráter experimental: além de concertos com a orquestra em concertos específicos de música coral, este corpo de alunos já possui experiência internacional (concerto em Faenza, na Itália) tendo executado peças operísticas como a "Opereta Popular de Natal" (Lucas E. S. Galon) e a estreia da nova versão, feita especificamente sob encomenda para a academia, da "Chama Sagrada" (José Gustavo Julião de Camargo).
As vozes infanto-juvenis já executaram também peças renascentistas, composições originais do século XXI, além de terem se dedicado à difusão da música para coro infanto-juvenil popular brasileira.
O coro acadêmico Alma é coordenado pela professora Snizhana Drahan.